quinta-feira, 28 de outubro de 2010

cuspe seco.

seRá que se eu cantar, tudo o que não desejo sentir vai passar? Por enquanto somente lampejos inseguros por conta da questão social... será que ela suportaria?
No entanto vou enxergando um povO feliz e sem referência que caminha nesse centro fedido a lama, nesse antro de bocas perdidas nas poesias manguezais.
São vários os aspectos mesmo sendo da mais simples vida, a peleja diária da mosca, da lesma, a viDa atual do Bill Gates, os cachorrinhos da NarCisa, as metas diárias do Alexandre Frota... enfim, viver é complexo demais pros meus sentimentos... Somando-se a sentimentos alheios que condensam o caos já existente, tudo isso regado a muita flor em formas de nuvens. Os críticos não entendeM, mas eles são a humana represenTação das limitações humanas, em ato, em imagem própria e falada. São criados sempre caminhos novos, mas que eles não nos tampem as laterais! Deixem que nós possamos ver o que há além da lenda de que dEvemos seguir os parâmetros estabelecidos. O seu anseio angustiado é culpa de uma cultura que não nos permite ser nós mesmoS, somos o que devemos ser. No dia em que perdi meu cordão umbilical eu percebi que podia rolar pra qualquer lado, pra sempre se eu quisesse, e eu quis. No dia que eu achar que nãO dá mais pra cantar, deito.

domingo, 26 de setembro de 2010

Homo-afetivo-sapiens.


Não há como falar de algo sem tecer considerações próprias sobre o causo. Senão não seria falar, seria repetir, recitar... E ao tratar o tema homossexualismo, devido ao constante explanar de forma até deformativa do mundo do homem, cabe a mim nessas tenras linhas pairar somente sobre indagações construídas num momento de pura plenitude e adoração a um tal lugar onde só se observava natureza virgem.
Quando reconheci Schopenhauer novamente, (digo isto pelo fato da possibilidade hermenêutica de interpretação), indaguei sobre os homossexuais, talvez pelo fato de a poucos minutos antes ter me ocorrido de sofrer um flerte desses homens avessos ao sexo oposto, que passava perto do local onde eu abstraía sobre a vida e outros diversos temas. O filósofo de Frankfurt já conjecturava o sexo como a demonstração mais vulgar, a expressão mais tola do impulso da vontade, vontade esta que proporciona o existir. O pessimista alemão afirma que essa vontade é reprimida desde o nascer, quando ao invés do homem no nascimento ser posto em contato com o mundo, ou como ele mesmo queira, é posto em contato com outro ser para tal ‘evolução’ e adaptação com o mundo. Logo existe um sofrer eterno no homem pela eterna supressão de suas vontades, o que faz com que o homem tenha que sofrer as dores d’um mundo em sociedade para adquirir suas vontades concretizadas, as quais viverão em eterno conflito com as demais vontades dos seres do mundo.
Através desse pensar, sintetizei que, a demonstração mais pura de vida sendo o sexo, faz com que eu atenue a vertente que diz que as cores representam vida, Nos manifestos e representações desse grupo é posto em exarcebada euforia cores múltiplas, e as cores representam alegria e vida, o que não tem vida não tem cor. Com isso, percebo também como fator impulsionante o bom humor constante de pessoas homossexuais resolvidas (vale frisar!), então as cores simbolizam uma alegria plena e liberdade de pessoas que sentem a mais pura sensação de estar vivo, embora fiquem presos a esta única forma de sentir-se vivos em sua grande maioria, todavia, sentem o pulsar latente da vida muito mais intensamente do que os corretos,os heteros... por justamente sentirem a necessidade de colorir o mundo com suas próprias e talvez novas cores, simbolizar a alegria de sentir o viver mesmo que seja da forma mais rasa possível, igual os fanáticos pelo tecnô, arrocha... o que justifica suas eufóricas demonstrações de orgulho em serem o que são.
Desde que instituições pregaram que isso é um erro, não podemos pensar abertamente e tomar atitudes livres sobre esses mesmos que vivem entre nós, por que seguimos achando que o mais correto é ser guiado, e não guiar-se.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Candonguense Mind.


Eu falo em nome de um simples nativo cadonguense

Da época em que ir nos Abreus era como ir na praça lá da frente

Quando as gatinhas passavam por entre a gente sorridente

E andar pela Bernardo era algo diferente.

Por que tanta Carolina no Vietnã?

Já não basta a Entra-a-pulso e a do Detran?

Mutilaram as Três faixas pra calçar outro lugar

Minha casa ficou baixa, tudo fora pra jogar.

Eu, que nunca passei, menos de uma hora no bus

Quando se fez necessário manter contanto intenso com o mundo

Tantas vezes olhando pro mar, desistindo de ir, pra qual fosse o lugar

Era a brisa lenta que vinha do dique, das ondas desse lugar.

Coqueiros cúmplices de um tempo que se foi

Desses dias de vias dos carros com os bois

Desses dias de vida, natureza nua

De um tempo que mostra a parte mal do ‘continua’.

sábado, 18 de setembro de 2010

Feche o guarda-chuva.


..."Mas a filosofia, sempre me auxilia a viver indiferente assim"..

São com os versos do digníssimo Noel que inicio mais essa audaz caminhada por entre esses blogs tão cheios de tanta coisa para dizer iniciando assim uma nova fase; Igor, o filósofo.
Não que eu não já me visse assim, mas sempre fui enforcado pelas cordas do capitalismo, esse que me fez por alguns momentos não conseguir mais escrever, não andar sozinho falando na rua ao lado do rio, brigar em bancos, sofrer nas avenidas, enfim, sem contar com todos os elogios capitais que vinham da multinacional que pagou minha faculdade.
Logo, não foi de todo mal, mas se eu ficar aqui tentando pensar nas coisas boas desses três anos, passarei muito mais tempo quebrando a cabeça para lembrar do que se eu estivesse disposto a deflorar minhas alguras nessas pacatas e bloguísticas linhas a qual nesse momento sinto até seu cheiro.
A idéia agora é pensar nas coisas logo depois que acontecem, as coisas como tais logo após o momento passado, momento esse que segundo Blake pode ser medido pelo intervalo de uma pulsação cardíaca.
Enfim, sejam benvindos a minha contra-pele, seremos olhares depois que a poeira baixa, que as coisas acontecem, o que provocam e para onde irão depois, como a chuva que passa por aqui e deixa marcas para que nós falemos sobre.
Vamo simbora... que istiô.