quarta-feira, 26 de outubro de 2011

15conto.de.distância

Saudade daquele homem naquele beco sem dentes que dava no mercado de SãoJosé que me vendia semente de uma plantinha chamada jequitibá
Aqueles goles de cachaça de raiz queriam certamente estabelecer um laço,vínculo, raiz...
Melhor que dá vez que a tia do caldinho frio me cobrou duas vezes na Moeda
Como se eu não tivesse pago, o que falta prum recifense pagar na vida sendo recifense atualmente?
E esse calor das pessoas batendo o ombro em você andando apressadas,
Isso não existe aqui... O calor daqui é misturado com sentimentalidades ociosas...
O suor de minhas andanças em prol de tudo sob a Cde. da B.Vista não se deliciará mais com meus pelos.
No entanto, como será difícil andar de madrugada e só encontrar pessoas conhecidas...
As pessoas são figurantes dessa história que você é submetido a viver no meio em que escolhe,
E os meios que eu escolho são sempre objetivados a manter distância de tais figurantes..
Pois é preciso ser grande para apreciar a beleza que existe além, no palco desses figurantes.
Por conta disso, eu juro que Recife é uma cidade (como tantas), que conseguem ser vistas e sentidas mesmo quando se está em outra... mesmo quando se está em outra...