terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Você sabe o que é CSA? Nunca vi nem comi, eu só ouço falar!



Sou torcedor do sofrido Náutico (para insatisfação de vários alagoanos, e juro que não sei porque!), percebo a grande quantidade de pernambucanos, mas isso prá mim não é justificável tendo em vista que vocês também tem seus clubes oriundos de seus próprios redutos. E é disso que falarei.
Não é do meu feitio conviver com a camisa do Sport desde Recife, desde 1987! Sei de tantos em Alagoas, soube de um certo Pirralho que existem até bares do Sport por Maceió, o que posso fazer? Gosto não se discute, se lamenta!
Tirando essas vestes descontraídas e esborradas de formalismo por uma questão de conduta literária e moral eu digo que é deplorável, decepcionante escutar fogos e gritos apaixonados quando acontecem gols seja do Timão-eô ou do Frá-mengo, não desmerecendo tal sentimento, que é lindo e faz muitos o terem como oxigênio para com suas respirações, (reconheço que tenho muito apreço pelo Lazio-ITA, Atlético Madrid-ESP), porém há um limite entre a paixão exacerbada e a identificação local, no meu ponto de vista existe uma singularidade entre a história de um clube com sua cidade, onde se faz presentes os habitantes da mesma. Esses habitantes normalmente tendem a exalar uma certa inclinação em relação a algum contexto que o liguem a cidade ou ao clube, ou ambos.
Se hoje sinto mais amor ao meu clube, foi de tanto enaltecimento, de tamanho apreço, de tanta vivência de derrotas, vitórias, de tanto enxergar e me identificar com o amor expresso por muitos... É isso que cria o vínculo, aliás, só se cria vínculo com o que nos é intrínseco, como o que nos faz ser necessário e presente em vários momentos como útil ou agradável.
Sinto de longe a grandeza desses clubes do sul, uma superioridade indiscutível por n motivos que não vêm ao caso. O que me refiro nessas primeiras linhas de comunicação com o povo alagoano amante do bom futebol 'barcelonês style' é uma espécie de cobrança por sentimentos ao que é da terra, eu juro que ouvia mais em Recife falar dos clubes daqui do que em Maragogi. Fui num show em Novembro em União dos Palmares que o apresentador das bandas agitava o público: -"Cadê a galera do Framengoo! E a do Curintchaaaa!..." Quer dizer, não há um culto expressivo sobre o cenário local futebolístico, e afirmo com isso que tal atitude é uma das, se não for a mais grave para com o futebol alagoano. O Santa Cruz-PE continua na quarta divisão, porém com torcedores cada vez mais apaixonados, seja na dor, seja no riso, e com isso fica cada vez mais sacramentada as raízes, estirpes, ideais tricolores, tanto em Pernambuco como também no eco produzido nos outros estados. Com o Sport os rubronegros recifenses não são diferentes, amor arraigado, sentimentos aflorados o dia inteiro pela cidade, o que faz certas vezes não se perceber o vermelho das cores da cidade quando o rubronegro perde. Os alvirrubros seriam os mais tímidos, mas com a mesma ótica de grandeza que faz com que qualquer recifense olhe para outro estado e fale mesmo assim que é o melhor de todos, o mais feliz... 'Eu sou freliz!' Por que antes de mais nada ele se ama! Por que é convencido de que sem primeiramente o amor, nada cresce. O povo da minha terra me ensinou que uma cerveja antes do almoço é muito bom prá ficarmos pensando melhor, e com isso também disseram nas entrelinhas que as vezes precisamos colocar cores nas linhas do arco-íris, pois senão, não haverá arco íris para se olhar. É o que faz nós (recifenses) falarmos que da união do Capibaribe com o Beberibe formou-se o Atlântico! É rir do próximo sofrimento como se não houvesse outra maneira que não fosse entendê-lo e calçá-lo para pisar cada vez mais alto. As vezes nós mesmos temos que construir nossos pódios, assim como os altares são erguidos.



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Pecarne.


A carne também tem seu direito de ir a forra, que os imunizados de pecados não me ouçam nem me leiam, mas se faz necessários dias de pura apologia ao disforme, a não-regra deve ser estabelecida assim como a regra, ou então ambos não poderiam existir... Ouço a lamúria dos avessos como se sua espécie se despedaçasse nesse período, mas e se for? Qual o problema em ser mundano? Eu pensei que esse problema de ser de onde é tinha ficado restrito aos marcianos por serem de Marte, no entanto somos culpados também por sermos quem somos e de onde somos...
Lembro dos carnavais que me faziam perder uns cinco quilos num misto de gordura e prazer mútuo, fui mundano quando me deixei levar pelos pulos ensandecidos da multidão ao ouvir seus ídolos, eles queriam somente elevar suas almas desse chão pecaminoso segundo o Corretos, fui mundano ao me deliciar com todos os pecados estabelecidos como tais... Sabe aquela coceira deliciosa que as vezes surge e não paramos de coçar? É pecado! Aquela que nos tira o sossego, mas que enquanto é coçada nos remete a uma satisfação que vem do próprio ato, é pecado! Pecado bem que podia se chamar pecarne. Essa coceira por ‘incressa que parível’ vem da carne. E sendo a minha carne a mais barata, me misturo esfregando-me nesses becos por entre pernas e braços que não cansam de glorificar o insano. Sim, em algumas épocas do ano é valoroso ser de todo mundo, embora tentem nos ensinar que somos de um Só.
Apocalipse é fechar os olhos prá sempre. O celibato nos condena a bebermos nosso próprio suor. Isso sim é o fim do mundo.