E eu já estava molhado quando decidi pegar mais uma onda, percebi a necessidade de sempre estar molhado e realizando a manobra que vinha na mente, e garanto, tenho pulmão pras quedas nas ondas e resistência pra mais braçadas, aprendi observando que a direção é mais importante que a velocidade, daí tento boiar quando a correnteza é contrária ou mais forte.
Todo dia tento externalizar isso, e ultimamente sinto uma certa leveza e reconhecimento quando caio nesse mar chamado vida. Agora, poder dividir e admirar as cores que o velho sábio me mostram é uma questão de experiência, que vem sempre que tempero-me com paciência, alegria, paz e loucura. Sim, loucura! Eu nunca soube de alguém que conseguiu ser feliz sem ser um pouco louco, sem desviar, sem transgredir a normalidade de uma onda, pois sempre que deitei em cima da imparcialidade diante das ondas, ela simplesmente me levou pra beira, e eu não consegui enxergar cores nem pintá-la com as manobras que eu ousava realizar, e hoje é isso que me deixa feliz, pintar a vida com as minhas cores. E se agora existe alguém que concordou com tudo isso, tenho que celebrá-la, tenho que mostrar que antes da vontade de pintar existe a idealização das cores, existe a vontade de entrar nesse mar, e isso não se consegue sozinho, ninguém consegue, não há sol a sós.
Esse texto é inteiramente seu, Mônica ... minha eterna flôr de Azeviche.
Feliz 13 de março, feliz dia da Mônica.
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