sábado, 4 de fevereiro de 2012

Pecarne.


A carne também tem seu direito de ir a forra, que os imunizados de pecados não me ouçam nem me leiam, mas se faz necessários dias de pura apologia ao disforme, a não-regra deve ser estabelecida assim como a regra, ou então ambos não poderiam existir... Ouço a lamúria dos avessos como se sua espécie se despedaçasse nesse período, mas e se for? Qual o problema em ser mundano? Eu pensei que esse problema de ser de onde é tinha ficado restrito aos marcianos por serem de Marte, no entanto somos culpados também por sermos quem somos e de onde somos...
Lembro dos carnavais que me faziam perder uns cinco quilos num misto de gordura e prazer mútuo, fui mundano quando me deixei levar pelos pulos ensandecidos da multidão ao ouvir seus ídolos, eles queriam somente elevar suas almas desse chão pecaminoso segundo o Corretos, fui mundano ao me deliciar com todos os pecados estabelecidos como tais... Sabe aquela coceira deliciosa que as vezes surge e não paramos de coçar? É pecado! Aquela que nos tira o sossego, mas que enquanto é coçada nos remete a uma satisfação que vem do próprio ato, é pecado! Pecado bem que podia se chamar pecarne. Essa coceira por ‘incressa que parível’ vem da carne. E sendo a minha carne a mais barata, me misturo esfregando-me nesses becos por entre pernas e braços que não cansam de glorificar o insano. Sim, em algumas épocas do ano é valoroso ser de todo mundo, embora tentem nos ensinar que somos de um Só.
Apocalipse é fechar os olhos prá sempre. O celibato nos condena a bebermos nosso próprio suor. Isso sim é o fim do mundo.

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